José Maria Neves, ex-Primeiro-ministro de Cabo Verde, anuviou, nesta sexta-feira, na Praia, durante o ato público de lançamento da sua candidatura às eleições de 17 de Outubro que, caso venha a ser eleito Chefe de Estado, vai trazer «novidades e elegância na política para Cabo Verde». Conforme o lema da sua campanha, JMN apela aos cabo-verdianos para se juntarem «mãos, cabeça e corações por Cabo Verde». Como comunicador nato e líder carismático, recebeu fortes aplausos do público presente ao desabafar de forma lapidar: «Estou apaixonado. Estou sempre apaixonando por Cabo Verde», pedindo, por isso, a todos a se apaixonarem a ele e abraçarem à sua candidatura à Presidência da República.
José Maria Neves procedeu, no Hotel Trópico, ao lançamento da sua candidatura e a apresentação do conceito (dois documentários com ideias mestras), logotipo e um desfile com os modelos (ver fotos na roda pé desta peça) a exibirem peças da campanha (t-shirts, sacolas e outros materiais).
Com o lema «DJUNTA MON, KABÉSA Y KORASON», Neves afirmou estar pronto para o desafio de congregar os cabo-verdianos em torno do objetivo comum de promoção do desenvolvimento, da consolidação da Democracia e em prol da defesa dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos.
Fazendo jus ao conceito apresentado e ao logo da pré-campanha, Neves promete uma campanha com “alegria” e respeito aos adversários, no sentido de fazer com que os cabo-verdianos possam “arrepiar-se” de novo em torno de uma causa e juntarem as mãos, as cabeças e corações por Cabo Verde. Tudo por considerar que a política em Cabo Verde tem sido, por vezes, “dura” e “suja, afetando a credibilidade de toda a classe política junto aos cidadãos.
Sem mencionar nome, mas numa clara alusão ao seu principal adversário Carlos Veiga, José Maria Neves insurge-se contra discursos de «pedro ka ta djuga ku garrafa», «fidiju di dentro e fidu di fora», «lobo vestido de cordeiro» e « ta pita ta joga».
Presidente necessário para o país
Considerado já como sendo o Presidente necessário para Cabo Verde, José Maria Neves avisa que o país encontra-se numa situação devastadora devido à crise económica e sanitária do COVID-19. Por isso, defende que irá precisar de um presidente congregador, amigo e protetor das pessoas, da Constituição e dos Direitos e Liberdades.
Desde logo, JMN promete uma campanha de apresentação de ideias e da busca da congregação dos cabo-verdianos em torno da sua candidatura. “Queremos debater ideias e mostrar claramente ao país que magistratura pretende promover, dizendo desde logo ao que vem. Cabo Verde, segundo o candidato, precisa de um Presidente que promova um “Djunta Mon” constante e que valorize e promova as diferenças e a pluralidade e que, “juntos nas diferenças possamos encontrar as convergências para a estabilidade que Cabo Verde tanto precisa’’, enquanto recurso estratégico.
O Presidente, afirma o candidato, não é Governo, mas também “não é oposição”, devendo ser parceiro do Governo e de todos os restantes órgãos de soberania nacionais, pois que a estabilidade política e social é essencial para um clima propício para o desenvolvimento nacional.
PR que acompanha os lances e apita quando necessário
Falando com a convição de quem, enquanto Primeiro-Ministro, convergiu com três magistraturas diferentes (António Mascarenhas, Pedro Pires e Jorge Carlos Fonseca), Neves afiança de que a pluralidade na política e nos restantes quadrantes da sociedade é salutar e tende a enriquecer a democracia. Cabo Verde, lembra-se, viveu no período em questão alguns dos seus momentos mais altos enquanto Nação no que toca à estabilidade política e económica.
Enquanto PR, Neves promete estar à altura do jogo democrático, “um Presidente com energia para acompanhar todos os lances do jogo e apitar quando deve apitar”. Contudo, acrescenta, sublinha que não será um Presidente “cego, surdo e mudo” para as questões que afligem a sociedade, seja elas quais forem ou para “as faltas mais gravosas”, prometendo falar o que, como e quando for preciso, pois que Cabo Verde precisa de um presidente que seja uma instância moral e cuja voz seja ouvida por todos.
Recorda-se que todo o evento foi transmitido ao vivo nos canais oficiais da campanha (Facebook, Youtube, Instagram e Twitter)
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