terça-feira, 03 dezembro 2024

Moçambique : Seguradora recusa indemnizar por "pior acidente no país" com 62 vítimas, 32 mortais

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A seguradora EMOSE está a avançar com um recurso para evitar cumprir o que no dia 13 decidiu o tribunal: pagar uma indemnização às famílias das vítimas do acidente de autocarro que matou 32 pessoas e deixou outras 30 feridas. Em conferência de imprensa, um dirigente da seguradora explicou que a falta de pagamento por parte da transportadora Nhancale levou à anulação da apólice de seguro.

 

"Não tendo a transportadora a fração que venceu em novembro de 2020, o contrato de seguro ficou nulo. Significa que, não tendo sido paga a última prestação, já não havia contrato", disse Benedito Manhiça, administrador da área técnica operacional da Emose.

Na semana passada, o Tribunal Judicial do Distrito da Manhiça, na província de Maputo, condenou a seguradora e a transportadora Nhancale ao pagamento de 33 milhões de meticais (56 milhões CVE) aos familiares das vítimas do sinistro.

O tribunal atribuiu a culpa da tragédia ao motorista — que capotou ao fazer uma ultrapassagem irregular e embateu num de dois camiões —, pelo que o condenou a um ano e oito meses de prisão, convertidos em multa.

Pior acidente

O acidente rodoviário, considerado o mais grave de sempre registado em Moçambique, ocorreu em 3 de julho do ano passado em Maluana, no distrito da Manhiça a cerca de cem quilómetros de Maputo.

A tragédia teve lugar na Estrada Nacional N.º 1, que liga a cidade da Beira à capital.

Inquérito atrasado

A Comissão formada de imediato para investigar o acidente tem vindo a ser criticada por não apresentar resultados. Os seus membros são: José Estêvão Muchine, Juiz Conselheiro Jubilado do Tribunal Administrativo – Presidente; os engenheiros Lo Kam Chong (do Colégio da Engenharia Mecânica) e Domingos Guiamba (do Colégio da Engenharia Civil), todos da Ordem dos Engenheiros de Moçambique; Mário Jacobe, da Ordem dos Médicos de Moçambique; e Alexandre Nhampossa, da Associação Moçambicana para Vítimas de Insegurança Rodoviários.

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Fontes: noticias.mo.mz/odia.mz. Fotos: Autocarro da tragédia. EN1, com 2477 km de extensão, é a maior e mais importante rodovia moçambicana, pois liga seis capitais provinciais — Maputo, Xai-Xai, Maxixe/Inhambane, Nicoadala/Quelimane, Nampula e Pemba — e dá acesso a todos os grandes portos (Beira, Pemba, Maputo-Matola, Nacala e Quelimane) e liga os caminhos de ferro de Ressano Garcia, Goba, Limpopo, Machipanda, Sena e Nacala.

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