A fábrica de transformação de pescado em Salamansa está neste momento sem produção devido a atrasos na obtenção da licença de funcionamento, mas que poderá acontecer “em breve”, conforme informou o presidente da associação de pescadores da zona.
A fábrica de transformação de pescado em Salamansa está neste momento sem produção devido a atrasos na obtenção da licença de funcionamento, mas que poderá acontecer “em breve”, conforme informou o presidente da associação de pescadores da zona.
Este projecto, que foi apresentado publicamente no último mês de Fevereiro, resulta da parceria entre Direcção-Geral dos Recursos Marinhos de Cabo Verde e a Overseas fishery Cooperation Foundation of japan (OFCFJ) e transforma os produtos de pesca acessória pescados por barcos japoneses e capturados por embarcações de Salamansa.
Pretende colocar no mercado produtos como hambúrgueres simples, panados e croquetes, mas que por agora, segundo Hélder dos Santos, avançou hoje à Inforpress, estão sem produção, devido ainda aos trâmites para a obtenção de licença de funcionamento e de venda.
“Não vale a pena produzir se não conseguimos vender e nem temos como armazenar”, considerou, adiantando que, por isso, os 12 funcionários estão também sem trabalho, por agora.
Entretanto, conforme a mesma fonte, tiveram nesta terça-feira, por coincidência, a visita de um inspector sanitário, que, ajuntou, disse estar “tudo encaminhando bem”, mas advertiu para a troca de umas torneiras de “uso mais higiénico”, que não se pode encontrar no mercado de São Vicente.
“Mas, vamos fazer todos os esforços para fazer estas alterações o mais rápido possível, e penso que até o final deste mês, poderemos colocar à venda os nossos produtos”, asseverou Hélder dos Santos, confirmando estarem a ter “várias solicitações” de mini-mercados e de lojas com intenções de comprarem os produtos.
A fábrica foi apresentada a 22 de Fevereiro pelo secretário de Estado Adjunto da Economia Marítima, Paulo Veiga, que considerou, na altura, a Salamansa como um “grande exemplo” que deve-se levar a todas às outras comunidades de Cabo Verde e, por isso, tiveram a possibilidade de dar “mais um passo” para a transformação do pescado da pesca acessória dos navios japoneses em Cabo Verde e que já emprega 12 pessoas.
Paulo Veiga lembrou que estes barcos têm licença para pescar atum, mas que vem sempre com uma pesca acessória, como tubarões e que têm que “ser aproveitados de alguma forma” e que resultou num produto “muito rico” em proteína, mas que também dá sustentabilidade à associação e à comunidade de Salamansa.
A transformação deste pescado advém de 25 por cento (%) de tubarões pescados por barcos japoneses e 75 por cento (%) de atum pescados por embarcações de Salamansa e deverá colocar no mercado, “em breve”, hambúrgueres e croquetes, “sem condimentos e 100 por cento (%) natural”, que estiveram a ser degustados no dia da apresentação em Salamansa e no centro da cidade do Mindelo, no dia seguinte. A Semana com Inforpress
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