O Governo da República Popular da China usa agora a frente diplomática após emitir um primeiro protesto veemente contra a prisão na véspera, de Sabrina Meng Wanzhou (extremo-direito da foto, com Putin) por ordem dos Estados Unidos. A administradora financeira e herdeira da multinacional tecnológica Huawei foi ouvida em tribunal esta sexta-feira, 7, na cidade canadiana de Vancouver, na Colúmbia Britânica, sobre a alegada violação das sanções contra o Irão.
A detenção de Meng, filha de Ren Zhengfei, fundador da Huawei e deputado do PC chinês, e por isso membro da elite governamental chinesa, surge num contexto mais alargado. É que a Huawei está no meio da ‘guerra económica’ em curso entre os Estados Unidos e a República Popular da China.
A multinacional tecnológica sediada em Shenzhen foi, em agosto, objeto de uma ordem executiva que proíbe a aquisição dos seus produtos pelas entidades estatais norte-americanas. A segurança nacional é o argumento utilizado pelo gabinete de Donald Trump para essa medida extraordinária, que sustém o fornecimento de equipamentos 5G, de útlima geração.
Trégua temporária RPC-USA dias antes da detenção
Meng é detida cinco dias depois de os presidentes Donald Trump e Xi Jinping (este à esquerda na foto, com Ren Zhengfei) terem, no fim de semana passado, em Buenos Aires, Argentina, à margem da Cimeira do G20, assinado um acordo para uma trégua de noventa dias na ’guerra económica’.
A executiva da Huawei a sair do avião em Vancouver foi detida e levada para um edifício onde passou a noite encarcerada antes de ser apresentada a um juiz. É possível, dizem os media, que os Estados Unidos possam estar a pedir a sua extradição.
Fontes: AP/Washington Post/ The China Daily/ Global Times. Fotos (Reuters) que indicam a expansão global do império tecnológico Huawei (cujo emblema em hieróglifos forma a palavra ’flor’). Para a China, a detenção de Meng é uma "reprovável medida dos Estados Unidos para travar a Huawei".
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