A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi de 1,0% em Agosto de 2018, taxa inferior em 1,0 pontos percentuais (p.p.) em relação à do mês anterior. O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo energia e produtos alimentares não transformados) registou uma variação homóloga de 0,3%. Uma cifra que ficou inferior em 0,2 p.p. à registada em Julho, enquanto que a variação mensal do IPC foi -0,3% (0,4% no mês anterior e 0,7% em Agosto de 2017). Isso permite dizer que a variação média dos últimos doze meses fixou-se em 1,1%, valor idêntico ao registado em Julho passado.
Variação Homóloga
De acordo com os dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatísticas de Cabo Verde (INE-CV) a taxa de variação homóloga do IPC situou-se em 1,0% em Agosto de 2018 - ficou inferior em 1,0 p.p. à do mês anterior.
Segundo a mesma fonte, as variações positivas mais significativas ocorreram nas classes dos Transportes (+8,2%), das Rendas de habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (+3,2%), da Saúde (+2,3%), do Ensino e dos Bens e serviços diversos (ambas +2,2%), dos Acessórios, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação (+1,9%), do Lazer, recreação e cultura (+1,8%), das Bebidas alcoólicas e tabaco e dos Hotéis, restaurantes, cafés e similares (ambas +1,5%). Por outro lado, as variações negativas foram observadas nas classes dos Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (-1,5%) e dos Vestuário e calçado (-1,6%), confomr o
Revela o relatório do INE-CV que as principais subidas de preços registadas pelo IPC observaram-se nos subgrupos, nomeadamente “Manutenção e reparações”, “Outros artigos e acessórios”, “Artigos de papelaria e de desenho não duradouros”, Serviços de salões de cabeleireiros”. Já as principais descidas de preços ocorreram nos seguintes subgrupos: “Frutos”, “Aparelhos para gravação de som e imagem”, “Outros artigos de uso pessoal não duradouros” e “Peixe”.
Variação Mensal (-0,3%)
Ainda, conforme o estudo realizado pelo INE, em Agosto de 2018, o IPC registou uma taxa de variação mensal de -0,3% (0,4% no mês anterior e 0,7% em Agosto de 2017). As classes com maiores contributos negativos para a variação mensal do índice total foram as dos Acessórios, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação, dos Transportes e dos Bens e serviços diversos (ambas -0,1%), do Ensino (-0,3%), dos Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (-0,5%) e dos Vestuário e calçado (-1,6%). Por outro lado, as classes com maiores contributos positivas para a taxa de variação mensal foram as das Rendas de habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (+0,2%), da Saúde e dos Hotéis, restaurantes, cafés e similares (ambas +0,1%)
Variação Média de 12 meses (1,1%)
Neste indicador deve-se salientar que em agosto de 2018, o IPC registou uma variação média dos últimos doze meses de 1,1% (valor idêntico ao registado no mês anterior).
Índices Regionais
O documento sublinha que a nível regional, registaram-se variações mensais negativas nas ilhas de Santiago e de Santo Antão, de -0,3% e -0,4%, respectivamente e, nula em São Vicente. Em Santiago, as contribuições das classes do Ensino, dos Acessórios, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação, dos Bens e serviços diversos, do Vestuário e calçado e dos Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas foram determinantes para a variação mensal negativa do índice total dessa região.
Segundo o mais recente IPC, as contribuições positivas foram registadas nas classes das Rendas de habitação, água, eletricidade, Gás e outros combustíveis e dos Transportes. De ressaltar que em Santo Antão, as contribuições negativas foram registadas nas classes dos Hotéis, restaurantes, cafés e similares, dos Acessórios, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação, dos Bens e serviços diversos, dos Transportes e dos Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas.
Por outro lado, as variações positivas foram registadas nas classes do Lazer, recreação e cultura, das Rendas de habitação, água, eletricidade, Gás e outros combustíveis e do Vestuário e calçado.
Já em São Vicente, as contribuições positivas foram registadas nas classes das Rendas de habitação, água, eletricidade, Gás e outros combustíveis, dos Bens e serviços diversos e dos Hotéis, restaurantes cafés e similares. As variações negativas foram encontradas nas classes dos Vestuário e calçado, dos Acessórios, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação, dos Transportes e dos Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas.
Relativamente à variação homóloga, apenas o índice de Santiago foi superior à média nacional em 0,1 p.p., enquanto que em São Vicente e Santo Antão registaram-se valores inferiores à média nacional em 0,1 e 0,4 p.p., respectivamente.
Agregados especiais
Analisando o Relatório, recentemente publicado pelo INE-CVGráfico, pode-se notar que relativamente ao IPC dos Bens, houve um decréscimo da taxa de variação homóloga, passando de 1,5% em Julho para 0,3% em Agosto de 2018. Enquanto que no indicador dos Serviços verificou-se um acréscimo da taxa de variação homóloga, de 3,1% para 3,3% no corrente mês. Deste modo, o agregado IPC-Serviços foi determinante para o comportamento da variação homóloga do IPC total, contribuindo com 0,86 p.p. para esta variação. “O agregado IPC-Bens teve uma contribuição de 0,19 p.p.”.
Com base no mesmo documento, constata-se que o indicador de inflação subjacente (IPC Total excluindo Energia e Produtos alimentares não transformados) apresentou uma taxa de variação homóloga de 0,3%, valor inferior registado em Julho de 2018. Isto permite concluir que o diferencial entre a taxa de variação homóloga deste indicador e a do IPC Total é de 0,7 p.p.
Celso Lobo
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