"O tempo está a nosso favor, e o período de espera pela resposta pode prolongar-se", admitiu o porta-voz da Guarda Revolucionária, o general Ali Mohammad Naeini, referindo que Israel deve estar num "estado de incerteza".
Ao mesmo tempo, a mesma fonte advertiu que a anunciada ação de retaliação não precisa de ser semelhante a outras anteriores, como foi o caso do ataque direto com ‘drones’ e mísseis de abril, quando o Irão respondeu à morte de sete membros da Guarda Revolucionária no consulado iraniano em Damasco.
Na altura, o regime de Teerão responsabilizou Telavive por este ataque.
"A resposta do Irão pode não ser uma repetição de operações anteriores, e os cenários de resposta não são os mesmos e os nossos comandantes têm a experiência e a habilidade de punir o inimigo de maneira eficaz", acrescentou.
Após a morte de Haniyeh, Teerão prometeu vingança contra Israel, que não confirmou nem desmentiu o ataque, e países como os Estados Unidos alertaram que a retaliação iraniana poderia estar "iminente".
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Naser Kanani, reiterou na segunda-feira o direito de Teerão de "punir" Israel, mas garantiu que não procura aumentar as tensões na região.
Kanani também afirmou que a retaliação iraniana contra Israel e as negociações entre o Estado judeu e os islamitas palestinianos do Hamas para alcançar uma trégua são questões separadas, depois que alguns analistas sugeriram que Teerão poderia estar à espera da assinatura de um cessar-fogo.
A República Islâmica do Irão lidera o chamado 'Eixo da Resistência', uma aliança informal anti-israelita que inclui o Hamas, o Hezbollah do Líbano e os huthis do Iémen, entre outros grupos.
A Semana com Lusa
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