O BCV acredita que a economia cabo-verdiana possa crescer este ano entre 4,7% e 5,7%, devendo a inflação situar-se abaixo dos 2%, portanto, bem abaixo dos oito por cento registados no ano passado. No sector externo, o BCV regista um “acentuado agravamento do défice da conta corrente”, em resultado da retracção ou diminuição dos fluxos externos, em especial o do investimento directo estrangeiro (IDE).
Estes e outros dados fazem parte do relatório semestral sobre a política monetária entregue esta semana pelo BCV ao executivo.
Falando esta manhã à imprensa, o governador Carlos Burgo destacou o comportamento das reservas externas do país. Segundo ele, apesar da crise financeira e económica que assola os países da nossa emigração, esse indicador continua a “comportar-se bem”, passando de 4,2 meses para 4,3 meses de importações. Aqui, as remessas dos emigrantes e os recursos mobilizados pelo governo no exterior são apontados como as razões de peso. Um outro sector que tem estado a comportar-se bem é o financeiro, continuando os bancos a registar “excesso de liquidez”.
Para Carlos Burgo, a economia de Cabo Verde está a relevar-se “resiliente” aos choques externos. “Mas isso não é por acaso. Há um papel que deve ser reconhecido, que é o da boa gestão das contas públicas, das contas externas do país e de políticas acertadas que vêm sendo implementadas pelo governo”, reconhece o governador do BCV.
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