sexta-feira, 18 outubro 2024

E ECONOMIA

Banco Mundial aumentará investimentos sociais

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O Banco Mundial planeja triplicar este ano e no próximo os fundos destinados a redes de segurança social em países pobres, escreve a agência de notícias IPS. A soma de US$ 12 bilhões estará destinada aos mais vulneráveis à depressão económica mundial.

A iniciativa reflecte a preocupação porquanto a crise está afundando na pobreza mais gente do mundo em desenvolvimento, revertendo êxitos obtidos na renda de mais de 1,4 bilhão de pessoas que vivem com o equivalente a US$ 1,25 por dia. O anúncio foi feito às vésperas das reuniões anuais do Conselho de Governadores do Banco e do Fundo Monetário Internacional, que aconteceram na última semana.

“Um mundo que não aprende a história está condenado a repeti-la”, disse o presidente do BM Roberto Zoellick. “Embora à reunião do G-20 tenha se centrado em questões financeiras, precisamos aprender com a história de crises passadas, quando os governos faziam cortes nos programas sociais, com impactos devastadores sobre os pobres”, acrescentou. “A maior parte da atenção na actual crise se centra nos países industrializados, onde a população enfrenta perda de suas casas, seus bens e seu trabalho. Estas são dificuldades reais. Mas, os habitantes dos países em desenvolvimento têm muito menos que um colchão: nenhuma economia, nenhum seguro, nenhum benefício pelo desemprego e normalmente nenhum alimento”, afirmou.

Como parte da nova iniciativa, o CE do Banco aprovou elevar de US$1,2 para US$ 2 bilhões o fundo de seu mecanismo de financiamento para alimentos. Há menos de um ano a instituição abriu essa via como parte de um Programa de Reposta à Crise Mundial dos Alimentos, criado para enfrentar o aumento nos preços da comida entre 2007 e meados de 2008. Até agora, o BM comprometeu US$ 1,180 bilhão em projectos em 36 países dentro desse fundo de via rápida.

“O cenário económico de risco, combinado com a contínua volatilidade dos preços dos alimentos, significa para os pobres que a crise alimentar está longe de ter acabado”, disse a diretora-gerente do Banco, Ngozi Okonjo-Iweala. “Muitos países pobres não se beneficiaram de certa moderação nos aumentos dos preços da comida nos mercados mundiais. A decisão de expandir o mecanismo ajudará a garantir a implementação de medidas para ajudar os países”.

No mês passado, o BM divulgou suas últimas projecções sobre a profundidade e duração da crise económica. O documento prevê que em 2009 o produto bruto mundial se contrairá em 1,9%, pela primeira em décadas, e que 2010 não oferecerá muita melhora. A maior parte da contracção económica deste ano será nas nações industrializadas, cujo produto interno bruto deverá cair 3%, segundo a última edição de Perspectivas Económicas Mundiais” divulgada pela instituição em Março.

Mas os países pobres também serão muito prejudicados. Seu crescimento geral cairá de quase 6% em 2008 para apenas 2% neste ano. Globalmente, estima-se que mais 53 milhões de pessoas deverão subsistir com menos de US$ 1,25 por dia, disse o Banco. A produção industrial já caiu 15% desde o início da crise, enquanto o comércio de bens e serviços cairá 6,1% em 2009, afirmou Hans Timmer, diretor de Tendências Mundiais no Grupo de Análises das Perspectivas de Desenvolvimento, do Banco Mundial.

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