Esta segunda-feira, 23, mais de seiscentas mil pessoas tiveram as suas viagens, as suas férias em curso todas anuladas um pouco por todo o mundo, devido à súbita falência da respeitada operadora ‘Thomas Cook’.
Horas antes a veterana das viagens mundiais, a operar desde 1841, viu os acionistas em que avultam chineses a negar injetar capital para salvar a empresa da falência. O mercado turístico de Cabo Verde, embora não conste do referido top de destino preferido dos britânicos, depende em boa parte, entre 25 e 30%, do Reino Unido como fonte emissora de turistas. Que consequências imediatas e no longo prazo vai ter em Cabo Verde a falência da Thomas Cook? Veremos nos próximos dias...
À chegada aos aeroportos, a hotéis e resorts um pouco por todo o mundo – mas especialmente dos destinos turísticos prediletos de ingleses que são as ilhas gregas, Turquia e Tunísia —, muitos passageiros e turistas souberam que voos, reservas e férias que tinham pago à operadora tinham sido cancelados em resultado da falência declarada na véspera, domingo, 22.
A ‘Thomas Cook’ declarou bancarrota por não ter obtido de acionistas e banca o financiamento com que contava, durante a decisiva reunião de domingo em Londres. A imprensa pergunta-se se fizeram tudo quanto deviam os acionistas e se não serão lágrimas de crocodilo a "consternação" que a principal acionista, a Fosun (que detém 17 por cento), exprimiu ’aos clientes afetados’.
Operadora turística e companhia aérea, o grupo teve em 2018 um volume de negócios de dez milhões de libras (1,24 milhões de contos). Mas a ‘Thomas Cook’ estava desde há alguns anos em dificuldade provocada pela implacável concorrência e, mais recente, a incerteza do ambiente económico – já a sofrer com o Brexit e a desvalorização da libra.
Governo vai ter de repatriar 600 mil
A falência da empresa privada obriga o Estado a encarregar-se do repatriamento dos mais de seiscentos mil turistas — 150 mil britânicos, 140 mil alemães, dezenas de milhares de suecos, holandeses, franceses, etc., — que se encontram em vários países.
O mercado turístico de Cabo Verde, embora não conste do referido top de destino preferido dos britânicos, depende em boa parte, entre 25 e 30 pontos percentuais, do Reino Unido como fonte emissora de turistas. Que consequências imediatas e no longo prazo vai ter em Cabo Verde a falência da Thomas Cook? Veremos nos próximos dias...
Fontes: Le Figaro/BBC/The Telegraph/Reuters. Fotos: Marca faliu. Corfu destino predileto do turista UK.
Terms & Conditions
Report
My comments