sábado, 26 outubro 2024

E ECONOMIA

BCV: Bancos cabo-verdianos lucraram quase 644 milhões de escudos em 2018. Uma quebra em relação ao ano passado

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Os bancos que operam em Cabo Verde apresentaram, globalmente, lucros superiores a 644 milhões de escudos (5,8 milhões de euros) em 2018, uma quebra de 39,2% face ao ano anterior e com 12,2% do crédito total concedido no país em situação de vencido.

Segundo a Lusa, de acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira de 2018, divulgado hoje pelo Banco Central de Cabo Verde, que tem a responsabilidade de supervisão de 11 bancos (com autorização de funcionamento genérica e restrita), o volume total de depósitos de clientes aumentou 4,3% face ao ano anterior, chegando aos 208,4 mil milhões de escudos (1.897 milhões de euros).

Na demonstração de resultados, os bancos que operam em Cabo Verde viram a margem financeira subir, globalmente, 16,5%, o ano passado, para 7.364 milhões de escudos (67 milhões de euros), e os lucros (após impostos) caírem para 644 milhões de escudos (5,8 milhões de euros), também face a 2017.

Esta queda é justificada pelo banco central com a reposição, por decisão judicial imposta ao "maior banco nacional" - BCA, detido pela Caixa Geral de Depósitos -, de uma contribuição no montante de 1,1 mil milhões de escudos (10 milhões de euros) "para o fundo privativo de segurança social daquele banco".

O relatório, citado pela lusa, aponta ainda uma melhoria nos indicadores de qualidade de crédito em 2018, que “resultou do efeito conjugado de uma redução mais expressiva dos ’stocks’ de crédito com imparidade e em incumprimento”, em 1,4 mil milhões de escudos (12,7 milhões de euros) e 600 milhões de escudos (5,4 milhões de euros), respetivamente.

O doucmento sublinha a “evolução favorável da qualidade dos ativos do sistema bancário”, com os indicadores de incumprimento a “atingirem os valores mais baixos dos últimos cinco anos”.

A carteira de crédito dos bancos aumentou em 2018 o equivalente a 3,5 mil milhões de escudos (31,8 milhões de euros), valor que em 2017 foi de 6,4 mil milhões de escudos (58,2 milhões de euros). Uma redução que o banco central explica com a adoção de medidas como a retirada de créditos não produtivos do balanço e a recuperação de créditos por via de colaterais (entrega de bens para pagamento).

O crédito em situação de vencido desceu assim um ponto percentual entre 2017 e 2018, para 12,2% do total.

Entre créditos com imparidades e sem imparidades (com reservas para precaver eventuais perdas), os bancos cabo-verdianos tinham em 2018 uma carteira total de 115 mil milhões de escudos (mais de mil milhões de euros).

“[Registou-se] A redução do rácio de cobertura do crédito vencido pelas provisões mínimas regulamentares em 2,9 pontos percentuais, comparativamente ao ano anterior”, lê-se no relatório de 2018, que alerta ainda para a “desaceleração, pelo segundo ano consecutivo”, do crescimento do financiamento do sistema bancário nacional.

Conforme a Lusa, esta situação reflete, “sobretudo, o menor ritmo de constituição de depósitos e, em menor medida, a redução do financiamento das atividades bancárias através do recurso a instituições de crédito e a obrigações subordinadas”, acrescenta.

O banco central refere também que os resultados dos testes de stress realizados em 2018 aos quatro bancos de maior dimensão revelaram, “pelo quarto ano consecutivo, a redução da resiliência das instituições bancárias face a choques adversos à carteira de crédito e a possibilidade de perdas materialmente significativas na carteira” e “com impacto de diminuição expressiva do rácio de solvabilidade, em caso da materialização do risco de crédito”, revela a fonte referida.

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