quarta-feira, 23 outubro 2024

E ECONOMIA

Estado da Nação: JPAI classifica situação da juventude de “francamente negativa”

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O presidente da Juventude do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (JPAI) considerou, no Mindelo, de “francamente negativo” o Estado da Nação relativamente à juventude, que não se coaduna com o optimismo do Governo.

Fidel Castro de Pina, que está de visita à ilha de São Vicente por estes dias, faz um balanço “francamente negativo” do Estado da Nação, no que toca a juventude, e disse não se vislumbrar qualquer das promessas feitas pelo Movimento para a Democracia (MpD, no poder) durante as campanhas.

Aliás, segundo a mesma fonte, regista-se um “grande retrocesso” em várias áreas de governação , com “as principais promessas por cumprir” e, por isso, disse não encontrar motivos para acompanhar o optimismo do Governo

“É mais do que evidente que o Governo falhou redondamente na sua política de emprego, defraudando as expectativas dos cabo-verdianos, principalmente dos jovens”, assegurou o presidente do JPAI, para quem a “felicidade prometida” não está a ser sentida por uma juventude que “enfrenta diariamente” as “agruras do desemprego, do subemprego, da precariedade laboral e habitacional e várias outras dificuldades.

Os contratos precários, os empregos sazonais, em que se praticam “salários muito baixos”, e os estágios profissionais constituem, ajuntou, o grosso da oferta de emprego para os jovens, razão pela qual não conseguem aceder a uma habitação condigna, nem por arrendamento, nas condições do mercado, nem por compra.

Essa parte da Nação, di-lo Fidel de Pina, não sente também os ganhos do “propalado crescimento económico robusto, nem sente o benefício da abundância de dinheiro que se diz estar disponível para financiar os seus projectos”.

Estranha-se, considerou, que a abordagem das políticas activas de emprego, como os estágios profissionais, seja a de substituir empregos por estágios, passando a ideia de que é tudo o que se pode oferecer aos jovens qualificados e altamente qualificados, “mediante subsídios que não ultrapassam os 20 mil escudos/mês”, disse, reconhecendo ser uma “ importante medida” de apoio à inserção dos jovens recém-formados, mas que “não pode ser regra”.

Não é aceitável, segundo a mesma fonte, que instituições-chave na implementação de políticas, projectos e programas de emprego, formação e estágios profissionais sejam dirigidas por “afoitos comissários políticos” que não se coíbem de manifestar recorrentemente nas redes sociais as suas preferências partidárias e “afrontar “a oposição que legitimamente pede “políticas mais adequadas e maior transparência”.

“A JPAI, enquanto organização de juventude partidária, tem acompanhado com apreensão e muita preocupação o acumular dos problemas que afectam essa expressiva camada da sociedade cabo-verdiana, mas também a fragilidade das medidas de política que são dirigidas”, lançou.

Uma situação verificada, conforme o líder da JPAI, quando já se entrou no quarto ano de mandato do MpD, que continua a oferecer à Juventude uma governação “sem qualquer visão estratégica para o futuro, sem uma agenda clara para a juventude”, num Governo em que “ninguém parece responder pelas políticas da juventude”, concretizou, numa leitura para o debate do Estado da Nação, marcado para esta quarta-feira no parlamento. A Semana com Inforpress

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