O PCA da CV Telecom destacou hoje os avanços registados a nível do mercado das comunicações electrónicas no país, e defende a necessidade de se adoptar políticas de acesso a nível fiscal para que os terminais sejam mais baratos.
José Luís Livramento fez estas considerações em entrevista à Inforpress no âmbito da celebração do Dia Mundial das Telecomunicações e Sociedade de Informação, que se assinala hoje, 17 de Maio, tendo este ano sido escolhido o lema “Preenchendo as lacunas de padronização”.
Conforme Livramento, a CV Telecom enquanto concessionária do serviço público tem ao longo dos anos apostado na adopção de medidas e definição de estratégias para melhorar e garantir qualidade dos serviços das telecomunicações em Cabo Verde.
“Todo o esqueleto fundamental das comunicações electrónicas em Cabo Verde é fornecido pela Cabo Verde Telecom, daquilo que há de melhor no mundo, a fibra ótica. Os nossos cabos submarinos internacionais têm todos fibra ótica, a ligação entre as ilhas é tudo em cabo submarino” realçou, destacando, por outro lado, a boa relação existente entre a operadora e os clientes.
Segundo a mesma fonte, os preços, segundo avançou, são todos regulados e atribuídos pela entidade reguladora, a Agencia Reguladora Multisectorial da Economia (ARME), ressaltando que relativamente às políticas de aplicação dos preços, Cabo Verde tem uma das tarifas mais baixas do mundo no serviço móvel, reconhecido em vários relatórios internacionais.
“Nós garantimos a segurança, qualidade e a largura de banda para as ligações, o preço a grosso é fixado pelo regulador, o resto a nível do retalho que é o preço concorrencial, é a concorrência que determina, embora também se tem em conta o custo total mais a margem da rentabilidade das empresas”, referiu.
Para o PCA da CV Telecom, não obstante os avanços, há ainda um conjunto de desafios a serem ultrapassados, para que Cabo Verde continue a acompanhar a era digital, defendendo neste sentido a implementação de políticas governamentais e regulatórias para garantir a promoção da inclusão digital em Cabo Verde.
“A partir do momento que o móvel passou a ser o maior meio de acesso, o Governo tem que adoptar políticas de acesso, nomeadamente a nível fiscal, aliás, o actual Governo que tem isso no seu programa, tem que pôr isso em práctica para que os terminais sejam mais baratos, principalmente os chamados big scream (grande giro)”, sugeriu, asseverando que Cabo Verde tem de conseguir responder aos desafios das novas Tecnologias de Informação e Comunicação e encontrar uma forma para fazer a introdução do serviço 5 G no país.
No que se refere à taxa de penetração no país em termos dos serviços das comunicações electrónicas, Livramento afirmou que de acordo com os dados da ARME, neste momento a taxa no serviço móvel é de 610 mil que comparado com a população, representa um rácio de 112%.
Entretanto, frisou, que na voz fixa do telefone essa taxa tem diminuído, isto porque, sustentou, o móvel tem canibalizado o fixo tendo este serviço registado uma taxa de penetração de 11%, congratulando-se por outro lado com a taxa de penetração da internet que tem o registo de 74%, um rácio que na sua opinião coloca Cabo Verde no topo da lista dos países em Africa.
Segundo ainda a Inforpress, o Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Informação, foi criado pela União Internacional das Telecomunicações (UIT), a 17 de Maio de 1865. Porém, em 2005 a Assembleia Geral das Nações Unidas decidiu, ‘adicionar’ o Dia da Sociedade da Informação, também conhecido como o dia da Internet.
Trata-se, pois, de uma ocasião para estimular os países membros da UIT aos grandes reptos das comunicações a nível mundial.
O Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação tem como objectivo chamar atenção para as mudanças que ocorreram na sociedade e nas outras formas de telecomunicação, com a chegada da internet, conclui a fonte referida.
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