Em entrevista este fim de semana à SIC/Expresso, o ex-presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, acusou o Ministério Público de orquestrar a sua morte “social e profissionalmente”, pelo que vai processar o Estado português.
"Têm a noção de que o meu nome, como acusado de terrorismo, está nas listas de terroristas dos Estados Unidos?, disseram-me isto – porque sou um terrorista…"
O licenciado em gestão pelo ISEG e mestre em Gestão do Desporto pela Faculdade de Motricidade e pelo ISEG, contudo, confessa: "Mas não vi a lista. Não sei se posso ou não entrar nos Estados Unidos, ainda não tentei”, diz. E acrescenta, de modo incoerente, um “nem posso", que só surpreenderá quem não acompanhou as peripécias rocambolescas dos últimos treze meses e meio da biografia do ex-presidente do SCP.
Autor moral, segundo o MP de 98 crimes, BdC refere que nenhum lhe é imputado "diretamente". “Fizeram a soma dos crimes das quarenta e uma pessoas que estão presas ou atuaram”, diz. Entenda-se: os executantes do ataque à Academia de Alcochete, em 15 de maio de 2018.
A sua detenção em novembro de 2018 foi motivada, segundo o MP, pela suspeita de que dera a ordem a adeptos para agredirem o treinador e jogadores que se encontravam na Academia de Alcochete seis meses antes.
O Mais Futebol trazia em manchete na sua edição de 16 de novembro: "Bruno de Carvalho acusado de terrorismo e mais 98 crimes". O Observador titulara no dia 12 desse mês: "Bruno de Carvalho indiciado por 56 crimes, incluindo terrorismo ..."
BdC está nos ’media’ dos EUA mas não na lista que ele pensa
A repercussão do caso ’Academia de Alcochete’ levou a que os media americanos descrevessem "o 42º presidente do Sporting Clube, Bruno Miguel de Azevedo Gaspar de Carvalho, mcp Bruno de Carvalho", então com 46 anos como uma "figura controversa" e que "tem sido comparado a Donald Trump".
BdC fez história, dizem os media dos EUA, ao tornar-se, em 23 de junho de 2018, "o primeiro presidente do Sporting destituído pelos sócios" do clube mais que centenário.
Fácil é entrar na lista
Nos Estados Unidos, ‘terrorismo’ ganhou um sentido lato, que se aplica a várias situações de uso da violência, desde que os seus agentes não estejam ao serviço do Estado. Embora em outros países desenvolvidos, tais atos possam ter outra designação, começa-se progressivamente a alinhar pela linguagem norte-americana.
‘Terrorismo’ lato sensu define, grosso modo, o uso da violência percecionada como ameaça à população em geral ou a grupos alvo. Assim, nos Estados Unidos a lista inclui diversos grupos islâmicos, mas também grupos antigovernamentais tanto da extrema-esquerda como da extrema-direita, ativistas ecologistas e sociais (como os grupos ‘pró-vida’), supremacistas brancos e nacionalistas antissemitas (que incluem também os militantes anti-Israel). O denominador comum: usam a violência para fazerem passar a sua mensagem.
Não é muito difícil entrar na lista… mas tanto quanto uma busca online permite saber, BdC, abreviado ou por extenso, não consta.
Fonte referida/Sites especializados
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