sexta-feira, 22 novembro 2024

"Num mundo justo", dívida dos países mais pobres seria perdoada

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O bilionário e cofundador da Microsoft, Bill Gates, defendeu hoje que os países mais ricos devem aumentar a ajuda aos países africanos, destacando que, "num mundo justo", estes países deviam ver a sua dívida perdoada.

"Num mundo justo, veríamos um movimento emergir a favor destes países mais pobres para que isso acontecesse outra vez", disse o filantropo em entrevista à atgência de notícias Associated Press, referindo-se à iniciativa de perdão de dívida, em 2005, que perdoou 40 mil milhões de dólares (quase 36 mil milhões de euros) de dívida de 18 países ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial.

Na entrevista, Bill Gates considerou que "há menos dinheiro a ir para África numa altura de necessidade", seja para alívio da dívida, vacinas ou para reduzir a má nutrição, vincando que em termos percentuais, o dinheiro que vai para a Ucrânia é "substancial".

Apesar da estagnação no progresso rumo aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, Gates mantém a esperança de que as coisas melhorem: "Eu sou um otimista, acho que podemos dar uma segunda hipótese à saúde global, mesmo num mundo onde os vários desafios concorrem pelas poupanças e obrigam os governos a esticar os seus orçamentos".

Em abril, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico disse que os números preliminares de 2023 mostravam que a ajuda ao desenvolvimento dada pelos países mais ricos tinha aumentado todos os anos desde 2019, mas a percentagem que foi para os países africanos caiu, em 2022, para 25%, o nível mais baixo dos últimos 20 anos.

A redução da ajuda surge num contexto em que os países de médio e baixo rendimento, incluindo em África, estão a gastar mais dinheiro para pagar as dívidas, apontou um relatório das Nações Unidas de junho, segundo o qual o fardo da dívida estava a limitar o que os países deveriam gastar em serviços básicos como a saúde, a educação e ação climática.

 

A Semana com Lusa

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
9 days 18 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
11 days 17 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
19 days 16 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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