sexta-feira, 22 novembro 2024

Cabo Verde conta ter reduzido em 20% anemia em crianças e grávidas

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Cabo Verde espera que os dados de 2025 mostrem uma redução de 20% da prevalência da anemia em menores de 5 anos e grávidas e em 50% nas mulheres em idade reprodutiva, revelou hoje à Lusa fonte oficial.

 

Nas grávidas, essa prevalência passou de 43% em 2005 para 22% em 2018 e nas mulheres em idade fértil – dos 15 aos 49 anos – baixou de 28% para 21% no mesmo período.

 

 

Estamos a contar que nos dados atualizados do novo inquérito demográfico vejamos esses progressos”, face ao quadro verificado em 2018, afirmou Dulcineia Trigueiros, nutricionista do Programa Nacional de Nutrição e ponto focal das escolas promotoras de Saúde de Cabo Verde.

Segundo os resultados do Terceiro Inquérito Demográfico e de Saúde Reprodutiva (IDSR - III), publicados há quase seis anos, 43% das crianças cabo-verdianas de 6 a 59 meses eram anémicas, apesar de uma redução de 52% relativamente a 2005.

Nas grávidas, essa prevalência passou de 43% em 2005 para 22% em 2018 e nas mulheres em idade fértil – dos 15 aos 49 anos – baixou de 28% para 21% no mesmo período.

A responsável disse à Lusa que, passados quase seis anos do último estudo, as autoridades de saúde cabo-verdianas preveem realizar o Quarto Inquérito Demográfico e de Saúde Reprodutiva (IDSR - IV) para atualizar os dados.

A nutricionista mostrou-se confiante na redução com base em várias medidas que têm sido adotadas nos últimos anos no país, entre elas, desde 2017, a fortificação domiciliária com um micronutriente em pó (Vitaferro) para crianças menores de 5 anos.

Também tem sido dado um suplemento com sulfato ferroso às crianças do Ensino Básico Obrigatório (EBO), dos seis aos 12 anos, e a suplementação com sulfato ferroso e ácido fólico às grávidas e puérperas.

A fortificação da farinha de trigo com ferro e ácido fólico e educação e orientação nutricional para o consumo de alimentos ricos em ferro são outras das medidas que as autoridades sanitárias cabo-verdianas têm implementado, que contam com apoio nacional e internacional.  

Achamos que temos tido resultados positivos, mas precisamos fazer as avaliações através de indicações atualizados para ver se estamos a ter progressos”, considerou, recomendando uma alimentação variada e equilibrada com fonte de ferro a crianças depois dos seis meses.

A anemia pode levar a um desenvolvimento cognitivo inadequado e a um pior desempenho escolar, sendo mais prevalecente em crianças de famílias e meios mais carenciados.

A nutricionista pediu a participação de vários outros setores na luta para redução da prevalência da anemia no país, como o desenvolvimento social, a agricultura, a educação, água e saneamento, dos pais e de toda a sociedade civil.

Temos de capacitar as pessoas, as famílias e a comunidade em questões de saúde, para aumentar a literacia da população e consolidar as políticas e estratégias já definidas”, apontou.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica de "um problema grave de saúde pública" qualquer prevalência de anemia acima dos 40%.

A Semana com Lusa

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Colunistas

Opiniões e Feedback

David Dias
9 days 18 hours

Todos querem ser escritores. Todos, todos, todos.

António
11 days 17 hours

Descilpem, mas os antigos reformados não vivem assim, pois pensões não foram atualizadas.

António
19 days 16 hours

Quando as eleições terminarem fiscalize essas construções em russ estreitas e que são autenticas autenticas bombas

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