O artista caboverdiano Djam Neguin realiza no dia 11, no Centro Cultural de Cabo Verde em Lisboa, um espectáculo denominado “Exercícios para ficcionar Amílcar” como parte das celebrações do centésimo aniversário do nascimento de Amílcar Cabral.
Em entrevista exclusiva à Inforpress, o coreógrafo disse tratar-se de uma apresentação que homenageará a visão, a integridade e o compromisso com a justiça social e a autodeterminação demonstrada em vida pela figura histórica, na luta pela independência de Guiné-Bissau e Cabo Verde.
Um espectáculo que, garantiu, traz a vivacidade e o impacto da encenação ao vivo, uma fusão que, além de desafiar as expectativas do público, oferece uma experiência multifacetada e imersiva.
Djam Neguin explicou que, nesta obra, convida o público a “adentrar nos bastidores” criativos de dois projectos intimamente ligados, a peça sonora "Regressus" e o espectáculo "Amílcar", ambos transcrevendo a figura de Cabral como uma personagem de uma importância histórica e cultural.
Conforme esclareceu, a apresentação não se limita a uma reprodução fiel do espectáculo original, pois, o “Exercícios para Ficcionar Amílcar" revela elementos de expressão próprias, permitindo a renovação da obra.
“Durante a conferência-performance, compartilho os processos que moldaram essas criações, revelando as escolhas artísticas e as experimentações que deram vida a essas obras. Ao mesmo tempo, apresento, ao vivo, algumas das partes que compõem o espectáculo ‘Amílcar’, proporcionando ao público um vislumbre directo da energia e da emoção que elas carregam”, disse.
Segundo Djam Neguin, o público deve preparar-se para uma experiência profundamente singular, uma vez que a conferência-performance explora um leque de formas artísticas, cruzando o audiovisual e a fala, ao mesmo tempo que explora a narrativa de Amílcar Cabral de maneira visceral e poética.
“É importante ressaltar que "Exercícios para Ficcionar Amílcar" foi concebido sob encomenda do Centro Cultural Cabo Verde. Este projecto nasce de uma necessidade interna de explorar e celebrar a figura de Amílcar Cabral, utilizando a liberdade artística para criar um diálogo profundo e sincero com sua memória e seu legado” concluiu, ressaltando a autenticidade e originalidade da obra.
Essa autonomia criativa é fundamental para a autenticidade e a originalidade da obra, que se desdobra de maneira orgânica e instintiva, guiada pelo desejo de aproximar o público com Cabral e comigo.
A Semana com Inforpress
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