O Banco Caboverdiano de Negócios (BCN) obteve “o melhor resultado de sempre” em 2023, com os lucros a crescerem 8,7% para 564 milhões de escudos (cinco milhões de euros), revelou no relatório e contas consultado hoje pela Lusa.
“O desempenho do Banco em 2023 traduziu-se também na manutenção de uma elevada solidez, com um rácio de capital de 17%”, superior ao mínimo regulamentar de 12%, indicou a instituição, que se apresenta como o único banco privado cabo-verdiano, acrescentando que a robustez é sujeita a testes semestrais.
A nível da qualidade de crédito, o BCN fechou o ano com um rácio de crédito não produtivo (que deixou de dar o retorno esperado) de 6,4% e um rácio de crédito em incumprimento líquido de imparidades de 0,4%, dados que o banco diz refletirem “uma gestão prudente”, lê-se na mensagem conjunta assinada por Luís Vasconcelos Lopes, presidente da comissão executiva, e Paulo Lima, presidente do conselho de administração.
O ano de 2023 marcou o arranque de um plano estratégico “que visa um reposicionamento do banco” com apostas na inovação e transformação digital.
O BCN aumentou o volume de negócios, principalmente com “crescimento de depósitos de clientes (10%), com o volume de crédito a clientes a registar um crescimento mais moderado (2,5%) decorrente sobretudo de uma conjuntura menos expansionista”.
A administração propôs que 70,5% dos lucros sejam aplicados em resultados transitados, 17,7% em distribuição de dividendos, 10% em reservas legais e 1,8% em participação nos resultados.
O BCN é liderado pela seguradora cabo-verdiana Ímpar, com 86,76% do capital, sendo participado ainda pela Cruz Vermelha de Cabo Verde (4,44%) e vários investidores privados (8,80%), num capital social total de 900 milhões de escudos (8,1 milhões de euros).
O sistema financeiro cabo-verdiano conta com oito bancos comerciais.
A Semana com Lusa
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