O PAICV afirmou hoje, em conferência de imprensa, que enquanto a insegurança pública continua a condicionar a vida dos cabo-verdianos, o governo mantém na gaveta a nomeação de mais 132 agentes devidamente formados há mais de seis meses, aumentando assim o exército dos desempregados. Por isso, conforme o deputado nacional Manuel Brito, a oposição pede, imediatamente, a nomeação destes agentes para o reforço da corporação policial.
Para conferencista, o descaso da situação neste momento tem a ver com a negligência da Administração e do Governo que prefere dispor de quadros devidamente formados e com recursos no orçamento do Estado, deixar em casa, há mais de seis meses, 132 agentes recrutados em 2022, que iniciaram a formação a 25 de julho do mesmo ano com término a 1 de março de 2023.
“São 132 quadros policiais jovens sendo 34 mulheres e 98 homens que vem passando por enormes dificuldades, sem poderem exercer qualquer outra atividade profissional, tendo muitos deixado de exercer atividades que exerciam antes do recrutamento”, ressaltou;
Segundo o mesmo, está-se diante de mais uma prova da ineficiência do Governo, liderado pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, em matéria de segurança e a demonstração de grande insensibilidade para com essas pessoas que seguiram para a carreira policial.
Situação grave de insegurança e no país
O deputado acrescentou que Cabo Verde conhece hoje uma variedade de crimes que vão desde assalto à mão armada, assalto a bancas, gasolineiras, autocarros, casas comerciais e mortes que nunca são descobertos os autores.
“A Polícia Nacional desprovida de meios humanos e matérias suficientes, só faz rondas em viaturas e, em algumas esquadras em diversos concelhos do interior, às vezes dispõe de uma única viatura que quando estiver numa determinada missão todo o resto fica privado da necessária assistência em caso de afronta”, salientou.
O deputado informou ainda que o PAICV já apresentou bastas vezes propostas no sentido de pôr cobro à situação, mas o Governo responde sempre com números, com estatísticas, negando a dura realidade de insegurança que os cabo-verdianos vivem e enfrentam no dia a dia.
Falta de meios e saída massiva de policiais
“Pedimos aumento de viaturas e meios de comunicação e a resposta é sempre muito insuficiente em relação às reais necessidades; As condições de trabalho dos agentes da Policia Nacional são muito precárias, carga horária excessiva, ausência do descanso semanal, tudo porque há insuficiência de recursos humanos”, apontou.
O conferencista destacou que, à semelhança de outros sectores, a Polícia Nacional enfrenta a questão de saída massiva de quadros para a emigração à procura de melhores condições de vida, para além da ausência de um plano para a substituição dos quadros que vão para a merecida reforma.
“Essa fuga dos melhores quadros da polícia, com experiência profissional, pode pôr em causa e fragilizar a intervenção da polícia”, fez questão de alertar o deputado do PAICV.
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