Os professores devem dar bom combate às forças governativas, e fazer perceber que Cabo-Verde, terra e pátria dos cabo-verdianos de todos os nacionalistas, torna escusado optar pela emigração. Devem, junto dos sindicatos, organizar o todo nacional para uma notável e ruidosa manifestação cívica desde que há memória neste país de Amílcar, de Péricles, de José Maria, e de todos. É aí que começaremos a construir aquilo que nos pertence por herança e que certamente vamos delegar com orgulho para eterna felicidade.
Professor(a), um senhor(a) dedicado à arte de ensinar, e de construir pilares de conhecimentos em parcerias e partilhas com os alunos, as pertinentes informações assim como de também instruir de absoluta correção, para uma trajetória de vida assertiva, próspera, sociável e feliz.
Professor(a), uma personalidade real na coexistência diária com os alunos, dotado de espírito contagiante de sonhos pragmáticos a se tornarem real no tempo e momento certo, com dedicação e sabedoria, que ultrapassa dificuldades em tempo de crise com assistência técnica e à distância, instruindo os instruendos.
O (A) Professor(a), não só ensina como também vive e convive, com respeito, com os alunos, sendo uma exigência entre todos admitir a igualdade e oportunidade de aprender um com o outro, sendo o aluno dotado do dom da paciência.
Os Professores constituem uma classe nobre, com responsabilidade e poder social na disseminação de conhecimento para transformar a sociedade, a nação e o mundo, numa nova moldura de carácter e sensibilidade humana.
O Estado, uma nação empobrecida, tem na direção política e na administração pública agentes asnos, rasos de sapiência escrava de si mesma em permanente tentação, que conduzem uma classe de gente culta, mas aculturada e sábia da mendicidade em dias de greve, ao percorrer as ruas e prostrando diante de quem não deve reivindicar pela melhoria de condições de vida, com o ajuste justo e digno salarial.
O professorado é uma classe com distinção estatutária que merece reconhecimento nacional, assim como remuneração e progressão na carreira docente como exemplo condigno, não menos daquele representante do povo, um fulanizado sem princípio e préstimo social.
O professor prepara as gerações para a vida eterna, cidadãos de vanguarda nacional. É de todo oportuno a revisão do estatuto enquanto educador em toda a dimensão profissional.
No estado de bandalha e de bandalheiras terroristas, onde o professor requere licença sem vencimento ou exoneração, ruma à emigração como salvamento das suas vidas devido ao baixo salário, salário este apenas ao alcance da cesta básica alimentar, e onde as infraestruturas educacionais a nível do ensino intermédio são destruídas num só dia, e passados três anos e picos ainda se encontram em construção à espera de inauguração como sinal de subordinação.
Está tudo desgovernado, onde todos padecem exceto os senhores empoleirados galináceos açambarcadores dos 45 mil postos de trabalho como promessa à juventude em período transato de eleição, uma geração para a perdição.
Os governantes emigram, sim, para a Europa com a pensão de reforma vencida, garantida, onde basta juntar um passaporte e um visa. Nem é preciso falar de salários vitalícios, uma autêntica roubalheira institucionalizada, onde dois mandatos são o quanto bastam para a engorda estabelecida, enquanto o professorado, ao fim dos 35 anos de dedicação sob a causa de transmitir conhecimento e ensinamento, como compensação ei-lo frustrado com o défice de salário e de pensão social, cheio de desilusão e stress, e prossegue ao esquecimento sem reconhecimento de quem é devido.
A classe docente com discente unidos na luta pela causa da dignidade humana, na busca de melhores condições de bom viver, não de subsistência desalentados vivos, contra a tirania usurpadora e o guloso governante faminto da gordura pública. Enfrentam tenazmente quem os deixa em situação pior do que já estavam, um direito que assiste a todo e qualquer cidadão republicano cabo-verdiano, ao reivindicar os direitos aceites constantes na Carta Magna.
Não temer, não vacilar e continuar a luta, como exemplo seria a nação inteira admitir como solução para cada caso, um caso aconselhador, e avançar para a greve reivindicativa de forma ordeira e isenta de intimidação dos agentes de manutenção da ordem pública a mando dos agentes sem zelo da administração pública.
A vida dos cidadãos na República de Cabo Verde piora e encontra-se em permanente declínio pela incompetência daqueles investidos na condução dos destinos do estado, os que comem a maior porção e quando sobra, o poucochinho, não farta aos professores. Nada sobra e nada cai da “mesa” para o povo abocanhar.
O povo de Cabo Verde, um povo sem classe que por engano ou por ignorância, transferiu o que de melhor detém, o seu poder de voto, a um representante há 33 anos e são sacrificados por isso. Há que mudar para melhorar, com os professores, mas também com os jornalistas, os dois pilares da comunicação e interação em todos os domínios de informação.
Em Cabo Verde, as classes sociais erguem-se contra as elites e a burguesia política, os retentores de oportunidades causando danos irreparáveis no agregado familiar e na mente juvenil. Na perspetiva de crescimento da economia, no fortalecimento de estado fraco a estado forte, fora do direito, e com tanta punhalada no setor judiciário, é de uma fragilidade interventiva abusiva, de desobediência, suspensão, rejeição e desoneração, um sinal evidente de que o estado vai doentio e fora de um diagnóstico aceitável e com possível cura, cura essa que passaria pela demissão do atual executivo.
Cabo Verde deve, desta ou daquela forma, para melhorar a governação passar pela devolução do poder a quem pertence, o povo soberano. Este, por sua livre vontade de escolha, deve decidir, pelo voto secreto e universal, o seu governo para os próximos anos com participação esclarecedora dos professores como testemunho vivo das políticas direcionadas às pessoas em tempo de fome para tempo farto.
A Assembleia Nacional, no seu hemiciclo, são fanfarrões lobisomens que se reúnem em permanente conluio de interesses pessoais e partidários, num total desrespeito aos ideais civis que juraram defender segundo o comprometimento de representação nacional, e tudo fazer para libertar o Zé esquecido da miséria a que se acostumou, com sede e fome, parasitas a sugar a vida.
Os professores devem ser cidadãos interventivos, colocados de forma resiliente entre o povo e o sádico governo para que toda a nação beneficie do orçamento geral do estado acabado de ser aprovado pelos maiores beneficiários, os deputados, o governo e demais personalidades, que dele usufrui de bom bolo alimentar.
Em Cabo Verde, os professores cultos e dedicados à causa de elevação do homem em cada etapa da existência e continuidade, são marcados pelo civismo e patriotismo, elevados de espírito de cidadania, que devem, por dever legítimo, enfrentar em lugar do povo, dos infelizes deste país, o estado nação e confrontar o governo desonesto com reivindicações pontuais e arrebatar o direito da dignidade e igualdade nacional.
Em Cabo Verde, o governo é legitimado pela maioria em condições de anormalidade, açoitadas pelos pressupostos climatéricos e pelo analfabetismo enraizado no seio das massas urbanas, sobretudo no mundo rural, uma condição de desculpa tática com a edificação de infraestruturas educacionais não profissionalizadas, mas onde o professor deve estar presente para se fazer valer dos argumentos constitucionais a favor da nação por ele instruído a instruir.
Em Cabo Verde, os Professores cabo-verdianos merecem vida de cidadão digno e condigna de igual modo a todas as classes sociais sem discriminação, com todos em condição de reparação dos salários, e alertar o povo para novos desafios e novas conquistas, sendo um golpe tremendo no comportamento governativo nacional.
Cabo Verde dispõe de dinheiro que nunca mais acaba, e por isso faz fé que há gordura de sobejo, tornando o sacrifício cada vez menor se for retalhado por todos e por todas as aldeias, com brasa para todas as sardinhas desta sofrida e desprezada nação.
Os professores devem dar bom combate às forças governativas, e fazer perceber que Cabo-Verde, terra e pátria dos cabo-verdianos de todos os nacionalistas, torna escusado optar pela emigração. Devem, junto dos sindicatos, organizar o todo nacional para uma notável e ruidosa manifestação cívica desde que há memória neste país de Amílcar, de Péricles, de José Maria, e de todos. É aí que começaremos a construir aquilo que nos pertence por herança e que certamente vamos delegar com orgulho para eterna felicidade.
Em Cabo Verde, o professor não esmola nada do governo ou do governante da tutela, mas, sim, exige o direito merecido que lhe é concedido, obedecendo à tabela salarial normativa prescrita na república. O governo da república submete ao povo, estando ao serviço do povo, não ao contrário. Do comportamento e trato dedicado aponta para a deliberada intenção totalitarista ditatorial.
Com os professores em unidade e de mãos dadas com os alunos, e com todo o povo, no critério de fazer valer direitos adquiridos, conquista na melhor das hipóteses a demissão em bloco do já indesejável governo onde não há força que resista.
Professores nacionalistas cabo-verdianos, a nação é vossa! Convosco, a mudança de mentalidade governativa em relação ao povo carenciado espoliado está ao vosso alcance na dimensão da vossa competência para agir em tempo real e útil, para desviar a tentação de professores e alunos em escalão contributivo onde possa imaginar e escapulir para ser serviçal no espaço estranho que em nada dignifica Cabo Verde. O campo de batalha ideológico é e será sempre em torrão natal.
Tempo de sobra para que cada cabo-verdiano perceba que Cabo Verde é um lugar privilegiado que carece de gente sábia na arte da boa governação, mas também de gente crítica para apontar os defeitos e apontar o rumo a tomar. Finalmente, juntos poderemos reconstruir, construir e reparar o errado, ao manter o certo, mas continuar progredindo firmes de cabeça erguida e respirar de folgo de vida e sorrir e cantar um canto novo, alegre.
Não sei como será ao certo, no entanto acredito não ser a sublimada e melancólica morna, mas sim um sopro de flauta, ou um assobio em sintonia com os pássaros. Bem-aventurados professores, hoje e sempre!
Cidadela, Novembro de 2023
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