Os instrumentos, que foram votados depois das 19:00, contaram com os votos favoráveis do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAIC, poder) e contra do Movimento para a Democracia (MpD, oposição).
O representante do PAICV, Edmilson Nunes, justificou o voto favorável e destacou que após uma análise detalhada da situação financeira do município a proposta apresentada de orçamento é “possível e exequível” e sem “maquiagens”.
O representante do PAICV na Assembleia Municipal ressaltou que o município se encontra numa situação financeira “delicada, praticamente em estado vegetativo", com “dívidas herdadas” e uma gestão que precisa ser reestruturada.
Segundo o mesmo, o aumento das despesas está relacionado com o aumento do salário mínimo, o enquadramento de trabalhadores em situação precária e com o plano de recuperação da câmara.
Sublinhou que mesmo com a “situação difícil”, o orçamento proposto é “viável e necessário” para o desenvolvimento do município.
Por outro lado, Luís Alves, do MpD, explicou o voto contra com o argumento de que a oposição não concedeu “um voto de confiança” à nova câmara municipal, porque o orçamento apresentado e aprovado é “deficitário e não há justificativas claras para o aumento nas despesas”.
O representante do MpD criticou o facto de o orçamento apresentar gastos superiores aos dos anos anteriores, enquanto o discurso da câmara indicava dificuldades financeiras.
"É incoerente apresentar um orçamento tão despesista em um momento de dificuldades financeiras", afirmou Luís Alves, que questionou o aumento salarial do secretário da Assembleia Municipal em 50 por cento (%) e a profissionalização dos vereadores no limite máximo permitido.
“Venceram as eleições com o discurso de que fariam diferente”, declarou o representante do MpD, que também criticou a gestão do presidente por alegar despedimentos baseados em critérios partidários, e destacou o caso da demissão de uma das seis pessoas votaram no MpD.
O presidente da câmara, Manuel Teixeira, e outros membros do PAICV defenderam que as dívidas herdadas da administração anterior precisam ser regularizadas e que o município precisa recorrer à banca para equilibrar as finanças.
O orçamento do município de Santa Catarina do Fogo para o ano económico de 2025, o primeiro da equipa liderada por Manuel Teixeira, ultrapassa os 243 mil contos.
A Semana com Inforpress
Terms & Conditions
Report
My comments