O grupo parlamentar do PAICV (oposição) considerou que a TACV está numa situação de indecisão, e que o Governo falhou no sector dos transportes aéreos que se encontra com “muita deficiência”.
Essas considerações foram à imprensa por Carla Lima, na qualidade de vice-presidente do Grupo Parlamentar do PAICV, depois de um encontro com a administração da TACV, nesta terça-feira, para abordar preocupações relacionadas com o sector de transporte aéreo, no âmbito da preparação do debate do Estado da Nação, agendado para o dia 31.
A parlamentar explicou que o grupo pretendeu com esta visita compreender de forma mais detalhada os desafios da empresa, já que o país tem tido “deficiências enormes” no sector dos transportes, quer marítimos quer aéreos, principalmente com a saída da Bestfly e a retoma dos voos domésticos da TACV.
“Temos verificado que a situação tem sido bastante irregular, temos tido cancelamentos, atrasos, alguma indecisão em relação àquilo que o Governo quer em relação ao sector doméstico da aviação civil, e quisemos ouvir da parte da nova comissão executiva da TACV o que estão e vão fazer para estabilizar os voos do sector doméstico”, comentou.
“Cumprir aquilo que foi prometido pelo Governo em termos de voos internacionais e principalmente materializar o plano de reestruturação financeira e sustentabilidade da empresa”, referiu.
Segundo Carla Lima, para quem neste momento o serviço de transporte não responde às necessidades dos cabo-verdianos, e ao mesmo tempo ter um país a “gastar muito dinheiro público” para manter as operações aéreas, quer internacionais quer inter-ilhas, o PAICV quer saber qual é o rumo que o Governo pensa dar à companhia de bandeira.
“Depois do fracasso de tudo aquilo que era o plano do Governo em relação à privatização. A dívida pública tem aumentado substancialmente devido aos custos dessas operações, e o Governo para esconder este falhanço no sector dos transportes aéreos vai injectando dinheiro, sem nunca ter um serviço de qualidade”, criticou, compreendendo ao mesmo tempo que a nova comissão executiva dos TACV terá de ter tempo para se inteirar melhor da situação da empresa.
Reiterando que a TACV, uma empresa com 190 trabalhadores está numa “situação de indecisão”, com dois ATR em regime de wet leasing, ou seja, um aluguer mais caro, que vem, conforme explicou, com a tripulação, seguro e manutenção tudo incluído, enquanto há trabalhadores a receber sem poder trabalhar, a mesma fonte disse que esta é uma questão que tem que ser vista.
“A gastar-se mais dinheiro com isso. Esta é uma questão que tem que ser vista. Com a saída da Bestfly anunciaram-se os voos domésticos, o Governo ainda diz que vai criar uma outra empresa… não se sabe que empresa é essa. Portanto, a TACV está num momento de indecisão. É preciso que o Governo assuma realmente que há problemas e que falhou no sector dos transportes aéreos”, enfatizou.
A Semana com Inforpress
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