domingo, 22 dezembro 2024

A ATUALIDADE

Guiné-Bissau:Supremo guineense considera eleito dos "inconformados" legítimo presidente do PRS  

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O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Guiné-Bissau admitiu o gestor portuário Félix Nandungue como legítimo presidente do Partido da Renovação Social (PRS), decisão que o antigo líder interino considera nula e sem efeito.

O PRS realizou na semana passada dois congressos extraordinários de alas antagónicas.

Uma ala elegeu o jurista Fernando Dias como presidente do partido e outra elegeu Félix Nandungue.

As duas alas submeteram as respetivas documentações ao STJ para pedir anotações das deliberações dos dois congressos e agora o órgão considerou que o congresso que elegeu Nandungue líder do PRS “é legal e este é o legítimo presidente do partido”.

Na sua primeira reação hoje, em conferência de imprensa, Félix Nandungue manifestou a sua satisfação pela decisão.

“Ficamos felizes com a decisão tomada pelo Supremo Tribunal de Justiça”, observou Nandungue, que promete encetar diálogo com a ala de Fernando Dias “para unir o partido”, fundado pelo falecido ex-presidente guineense Kumba Ialá.

Nandungue anunciou igualmente que o PRS “vai reanalisar” todos os acordos assinados em nome do partido por Fernando Dias, que era presidente interino desde 2023, com a morte do líder eleito, Alberto Nambeia.

Também hoje e em conferência de imprensa, Fernando Dias tranquilizou os militantes do PRS “pela triste notícia”, mas afirmou que o STJ “apenas fez uma anotação e não produziu nenhuma decisão”.

“É apenas um ato administrativo que não vamos considerar nunca. Não acatamos esta decisão, que para nós é uma simples anotação”, sublinhou Fernando Dias, que disse também estar na posse “de uma anotação judicial”.

O político afirmou que o Tribunal Regional de Bissau “já havia dito” que o grupo que elegeu Félix Nandungue “é ilegítimo” para convocar qualquer reunião ou congresso em nome do PRS.

Fernando Dias observou que a sua ala vai continuar com as ações judiciais e políticas em nome do PRS para contestar a posição do STJ, que disse ser “forjada pelo poder político”.

“O atual poder está a apoiar Félix Nandungue para que possa esmagar o partido, mas este PRS não é de Umaro Sissoco Embaló”, declarou Dias, antigo ministro da Administração Territorial e Poder Local.

O PRS tem estado dividido em dois grupos, um leal a Fernando Dias e outro fiel ao ministro das Finanças, Ilidio Vieira Té, e ao veterano e membro fundador do partido, Ibraima Sori Djaló.

Este grupo, que se auto intitulou de “Os Inconformados” foi quem elegeu Nandungue novo líder do partido.

O grupo de Fernando Dias acusa este segmento do PRS “de estar a reboque” do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, a quem, disse, pretende apoiar numa eventual candidatura para um segundo mandato.

A Semana com Lusa

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Opiniões e Feedback

Xalala
16 days 20 hours

Vai investigar nada Bundão!

Valdo de Pina
18 days 17 hours

O UCS só ouve a própria voz, numa sinfonia desafinada que ecoa a era de Carlos Veiga no poder. Duas relíquias teimosas,

Teste
28 days 8 hours

Isto é somente um teste. Porque não vejo os comentários das pessoas debaixo da notícia como antes?

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