domingo, 08 setembro 2024

A ATUALIDADE

Santa Catarina/UniSantiago: Presidente da República pede criação de condições para que crioulo seja língua de ensino

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O Presidente da República, José Maria Neves, considerou hoje, em Assomada, que é preciso criar condições para que o crioulo seja língua de ensino e que se deve “acelerar o passo” com vista à sua plena oficialização.

 

Segundo a Inforpress, José Maria Neves falava na abertura da IV Conferência Internacional sobre “Literaturas e Culturas Africanas, Iberoamericanas e Caribenhas”, uma iniciativa internacional, fundada e presidida pelo Centro de Humanidades da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (CHAM – Nova FCSH/UA) Portugal.

O evento, realizado na modalidade semi-presencial, que decorre de hoje a quinta-feira, 30, no Auditório da Universidade de Santiago, Campus de Bolanha, em Assomada, Santa Catarina (Santiago), envolve ainda instituições de ensino superior e organizações de Cabo Verde, Angola, Colômbia, Moçambique, Portugal, Espanha e São Tomé e Príncipe.

“(…) A língua cabo-verdiana merece um especial destaque. A maior invenção, a nossa língua materna pode ser considerada como a primeira pedra do edifício da cabo-verdianidade. Todos os esforços devem ser feitos no sentido de conferir toda a dignidade que esta língua nacional merece, criando amplas condições para que seja língua de ensino, com base em experiências muito bem conseguidas, tanto em Cabo Verde como no estrangeiro”, defendeu José Maria Neves.

Urge ouvir os especialistas com atenção e dar os passos que se mostrarem necessários com vista à sua plena oficialização. Vale a pena conhecer as nossas línguas, a nossa literatura, a nossa cultura, o nosso percurso histórico, enquanto explicadores do presente e fermentos do futuro que estamos a construir”, continuou o chefe de Estado.

Ainda segundo a fonte referida, José Maria Neves acrescentou que “Cabo Verde é, acima de tudo Cultura – nova e nascida do encontro de vários mundos. São os homens e mulheres que moldaram a alma crioula, pela literatura, pela música, pela dança, pelas artes plásticas e por outras manifestações (…)”.

Relativamente à esta conferência internacional, Neves disse esperar que a mesma permita “conhecer melhor este mundo que nos rodeia e nos dê subsídios para desenharmos com mais propriedade os cenários do devir”.

É que, segundo o chefe de Estado, pela transversalidade dos temas em debate, este evento internacional é uma “boa ocasião” para também se refletir sobre outros desafios do Sul Global e do continente africano, em particular.

E tendo em conta que se trata de um evento internacional, durante o seu discurso o mais alto magistrado da Nação aproveitou para abordar assuntos de ordem internacional, tendo notado que a ordem mundial está em acelerada reconfiguração e que a globalização tem beneficiado essencialmente os mais ricos e os mais desenvolvidos.

Disse ainda, prossegue a Inforpres, que a democracia está sob forte ameaça, mesmo nos países mais desenvolvidos e com democracias mais consolidadas, principalmente pelo recrudescimento de regimes autoritários e de extrema direita, que conflitos actuais são muitas vezes esquecidos e não entram na pauta mediática, que se regista Estados falhados, ocorrência frequente de golpes de Estado, crescimento de movimentos terroristas e violência de todo o tipo.

“As questões históricas que não foram resolvidas, mas apenas empurradas para debaixo do tapete, têm provocado a exacerbação de conflitos, um pouco por todo o lado, desde guerras entre Estados, guerras civis ou massacres de populações civis indefesas, beirando o genocídio. Com efeito, assistimos a um mundo em ebulição, num processo de reconfiguração da ordem mundial (…)”, acrescentou.

Perante todos estes cenários mundiais, Neves avisou que “a desigualdade é corrosiva e constitui um grande risco para a humanidade”, e mostrou-se convicto que o investimento na educação, na ciência e na inovação, pode revelar-se um motor de mudanças mais radicais e profundas do tecido económico e social no Sul Global, com destaque para a África.

Interveio ainda no acto o presidente da comissão organizadora da IV Conferência Internacional “Literaturas e Culturas Africanas, Iberoamericanas e Caribenhas”, Hilarino da Luz, que confirmou que as próximas edições já estão programadas em 2024 na Universidade Gran Canária (Espanha), em 2025 na Universidade Lusófona (Mindelo, Cabo Verde), em 2026 na Universidade de Wisconsin-Milwaukee (EUA).

A IV Conferência Internacional “Literaturas e Culturas Africanas, Iberoamericanas e Caribenhas” acontece na sequência das edições anteriores realizadas no Instituto Superior de Ciências da Educação de Luanda (ISCED-Luanda), Angola (2019), na Universidade Zambeze (UniZambeze, Beira), Moçambique (2021) e na Universidad del Atlántico (UA, Barranquilla), Colômbia (2022).

Conforme a fonte deste jornal, a edição deste ano homenageia a Maria Teresa Segredo, enfermeira natural do Paul, Santo Antão, condecorada pela Rainha da Holanda.

 

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Colunistas

Opiniões e Feedback

D. G. WOLF
4 days 8 hours

A Guiné-Bissau é uma espinha atravessada na garganta dos cabo-verdianos.

JP
8 days 10 hours

hehehe SATANÁS ta inspeciona DEMONIOS hehehe Só trossa propi

António
10 days 4 hours

Abro radio e tv oiço aplicacao de milhões e milhoes escudos , de um momento para outro. Cifrões serios e não serios

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