O Movimento Independente Maiense (MIM) promove no dia 31 de Maio, na cidade da Praia, o “Encontro de Quadros Maienses”, que pretende juntar quadros da ilha do Maio que vivem na capital para pensar a dinâmica da ilha.
Conforme avançou o mentor do evento, Nelson Ramos, a iniciativa de juntar os quadros da ilha do Maio surge com o propósito de contribuir para o desenvolvimento sustentável da ilha, compartilhando conhecimento e expertise para o desenvolvimento das comunidades.
“Há uma desconexão entre quadros profissionais que quando saem da ilha do Maio se afastam, já não retornam para dar o contributo como cidadão, exercendo a cidadania. Queremos estreitar laços entre quadros profissionais e aproximá-los da ilha do Maio”, avançou, justificando a escolha da cidade da Praia para acolher o evento por ser onde se concentra a maioria dos profissionais do Maio.
O evento, segundo a mesma fonte, é destinado a quadros, estudantes universitários, empresários e líderes comunitários da ilha do Maio que, juntos, podem analisar o tipo de contributo que as respectivas áreas profissionais podem dar à ilha.
Nelson Ramos espera com este encontro de quadros gerar propostas concretas de projetos que alterem a dinâmica social e económica da ilha, através do estabelecimento de conexões profissionais.
No final do evento, após discussão e apresentação de propostas e soluções para a ilha, será elaborado um documento a firmar o compromisso dos participantes em desenvolver os projectos na ilha do Maio.
A iniciativa já foi socializada em diversas instituições na ilha e na cidade da Praia, estando no momento, à espera da confirmação da participação da autarquia maiense que, conforme a organização, ainda não deu retorno.
As inscrições para o evento arrancam no final do mês de Fevereiro, através de um link que será disponibilizado pela organização do encontro.
A Semana com Inforpress
Promessas Vazias e Desenvolvimento Fantasma
O encontro propõe "gerar propostas concretas" para a ilha e "estabelecer conexões profissionais", mas alguém acredita mesmo que um documento assinado na Praia terá algum impacto no Maio?Se realmente há compromisso com a ilha, que comecem por dar o exemplo: façam o evento no Maio, criem programas para fixar profissionais na ilha, e obriguem os de******dos a passar pelo menos metade do ano onde supostamente deveriam estar a trabalhar. Caso contrário, este evento não passa de um ritual de fachada para que os "quadros maienses" possam bater no peito e dizer que tentaram – sem nunca terem que levantar-se da mesa da capital.
Os De******dos do Maio: figuras Decorativas na Praia
A questão torna-se ainda mais grave quando olhamos para os representantes eleitos da ilha do Maio, que parecem ter encontrado residência permanente na Praia, afastando-se das reais necessidades da população que os elegeu. Se a ideia é realmente conectar os quadros profissionais à ilha, talvez o primeiro passo fosse perguntar onde estão os de******dos maienses? A resposta: confortavelment e instalados na capital, sem qualquer intenção de sair.Se a lógica é que os líderes da ilha podem governá-la à distância, então talvez seja mais honesto e eficiente esvaziar a ilha do Maio e transferir a sua população para um bairro específico na Praia, onde pelo menos estarão mais próximos de quem diz represUm Exercício de Autoengano e Desconexão Real
O suposto "Encontro de Quadros Maienses", que se propõe a discutir o desenvolvimento do Maio, mas que acontece na cidade da Praia, é uma perfeita demonstração do teatro político e social que tem perpetuado a estagnação da ilha. A escolha do local do evento é, no mínimo, irónica e hipócrita – se a preocupação fosse realmente a ilha do Maio, não deveria ser precisamente lá que esse encontro teria lugar? Mas não, prefere-se a comodidade da capital, como se o desenvolvimento do Maio pudesse ser teorizado a partir de uma sala de conferências a quilómetros de distância.Este tipo de iniciativa não passa de um exercício de simulação de preocupação, orquestrado por aqueles que já se desligaram da i
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