domingo, 23 fevereiro 2025

A ATUALIDADE

Mais de 300 escolas destruídas por ciclone no norte de Moçambique tentam repor condições

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Mais de 300 escolas de Cabo Delgado, norte de Moçambique, não têm condições de funcionamento para o novo ano letivo, que arranca esta semana, afetadas pelo ciclone Chido, com as autoridades locais e tentarem repor provisoriamente o funcionamento.

“Já remetemos aos três distritos que tiveram mais danos, refiro-me a Mecúfi, Chiúre e Metuge, material de construção. Mil chapas de zinco, 300 e poucos barrotes de dois tamanhos, pregos para repor as salas de aulas. No distrito de Chiúre, já aconteceu, Mecúfi ainda estão a trabalhar e Metuge também prometem trabalhar”, explicou à Lusa Ivaldo Quincaderte, director provincial de Educação em Cabo Delgado.

 

O ciclone Chido destruiu em dezembro cerca de 330 escolas e três serviços distritais de educação na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, segundo dados oficiais divulgados anteriormente pelo governo provincial, situação que afeta mais de 220 mil alunos.

 

O ciclone tropical intenso Chido, de nível 3 (numa escala de 1 a 5), atingiu a zona costeira do norte de Moçambique na madrugada de 14 de dezembro, enfraquecendo depois para tempestade tropical severa, continuando, nos dias seguintes, a fustigar as províncias no norte de Moçambique com "chuvas muito fortes acima de 250 mm [milímetros]/24 horas, acompanhada de trovoadas e ventos com rajadas muito fortes", segundo informação anterior do Centro Nacional Operativo de Emergência.

 

Face a este cenário, segundo Ivaldo Quincaderte, está ainda prevista a construção de 105 espaços temporários nos distritos com mais pessoas afetadas pelo ciclone Chido, estando neste momento em processo de concurso para o efeito.

 

“Está em vista a construção de 105 espaços temporários de aprendizagem nestes três distritos mais assolados. Este processo, importa dizer, que ainda não se iniciou, está em processo realmente de concurso, mas está muito avançado e muito brevemente vai iniciar-se nos três distritos a construção de espaços de aprendizagem”, afirmou.

 

Contudo, enquanto se aguarda pelos concursos para as empreitadas, já decorre a distribuição de lonas para a cobertura das salas, tendo em conta a presente época das chuvas, que decorre até abril.

 

“Enviámos lonas para alguns distritos, principalmente Chiúre, para poder cobrir as salas em que não for possível de momento criar espaço de aprendizagem”, sublinhou.

 

Dados atualizados recentemente pelas autoridades moçambicanas adiantam que pelo menos 120 pessoas morreram e outras 868 ficaram feridas durante a passagem do ciclone Chido no norte e centro de Moçambique.

 

O ciclone afetou 687.630 pessoas, o correspondente a 138.037 famílias, nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula, no norte, e Tete e Sofala, no centro, segundo o último balanço do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres de Moçambique.

 

Do total de óbitos confirmados, 110 registaram-se em Cabo Delgado, sete em Nampula e três em Niassa.

 

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril.

A Semana com Lusa 

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