O ministro das Finanças destacou o “forte interesse” de empresas portuguesas em investir em Cabo Verde durante o fórum económico, em Lisboa, principalmente nas áreas de economia digital, energias renováveis, turismo, transportes, logística, pescas e economia azul.
Segundo Olavo Correia, em declarações à imprensa cabo-verdiana no final do fórum económico de alto nível, subordinado ao tema “Parceiros estratégicos no investimento nas transições energética e digital” e que aconteceu durante todo o dia de terça-feira, 28, na capital portuguesa, o fórum reuniu cerca de 300 empresários e representantes de empresas.
Segundo o governante, foi uma oportunidade para promover o diálogo construtivo entre instituições públicas e privadas de Portugal e Cabo Verde, com vista à criação de condições favoráveis ao investimento.
“Há uma forte vontade de empresas portuguesas em investir em Cabo Verde. O apelo que fazemos é para que invistam, criem empregos no país e contribuam para o desenvolvimento sustentável”, afirmou Olavo Correia.
O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças realçou o compromisso de Cabo Verde em aprimorar o ambiente de negócios e os instrumentos financeiros necessários para atrair investidores, enfatizando o papel estratégico do sector privado no crescimento económico e na criação de empregos qualificados e bem remunerados para os jovens cabo-verdianos.
O ministro destacou o investimento prioritário em três centros de formação profissional, financiados com o apoio do Governo de Portugal, num pacote avaliado em cerca de 4 milhões de euros.
Este inclui um centro de excelência de formação profissional em Santa Cruz, que será modernizado com infra-estrutura e equipamentos para garantir formação com dupla certificação, tanto para o mercado cabo-verdiano quanto europeu.
Também o pacote abrange um centro em Variante, com foco na metalomecânica e reparação de automóveis, a ser requalificado por meio de uma parceria público-privada e um centro na ilha do Fogo, que será equipado para oferecer formação de alta qualidade aos jovens locais, incluindo da ilha Brava.
Conforme Olavo Correia, a modernização desses centros reforça a aposta na formação técnica como pilar para a empregabilidade e a melhoria das condições de vida no arquipélago.
O fórum que aconteceu no âmbito da VII Cimeira Bilateral entre Portugal e Cabo Verde que decorreu em Lisboa nos dias 27 e 28 de Janeiro, foi organizado pela Cabo Verde TradeInvest (CVTI) e a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).
“Desta vez, também na cimeira, introduzimos uma novidade, que, para além das relações entre os governos, os protocolos, os acordos e os envelopes, decidimos organizar esse fórum empresarial”, apontou Correia, para que, continuou, em cima desta boa vontade que existe entre os dois governos criar oportunidades para o sector privado
Em última instância, assinalou a mesma fonte, quem vai criar empregos e oportunidades são as empresas, através de investimentos privados de grande porte, de meio de porte e de microporte.
Para o governante, se isso acontecer, está-se a alavancar e acelerar a dinâmica de desenvolvimento de Cabo Verde, por isso também considerou que a cimeira foi “exemplar, histórica e com elementos inovadores”, estando ciente que agora o “exercício e o foco é na acção para fazer acontecer e ter resultados”.
O fórum económico de alto nível reuniu investidores e representantes do sector privado de Portugal e Cabo Verde, com o propósito de aprofundar as relações económicas bilaterais entre os dois países.
O evento presidido pelo vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, e pelo ministro da Economia de Portugal, Pedro Reis, teve p encerramento a cargo do primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e do seu homólogo português, Luís Montenegro.
A Semana com Inforporpress
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