O ano de 2025 será desafiador para a Associação Projecto Vitó, uma das principais organizações não-governamentais de conservação ambiental em Cabo Verde, declarou o seu presidente executivo, Herculano Dinis.
A mesma fonte fazia alusão ao ano de encerramento de vários projetos e por isso um ano “desafiador” para organização em termos de renovação de financiamentos para continuidade dos projectos.
Em entrevista à Inforpress, Herculano Dinis compartilhou os planos da associação para o ano em curso e que inclui a finalização de projectos em andamento e a busca por novos financiamentos para manter e expandir suas actividades.
Entre os projectos que serão encerrados, destacou o de conservação das aves marinhas, o programa de pesca sustentável, o programa de conservação de tubarões e raias e o projecto de apoio à implementação da Reserva da Biosfera da ilha do Fogo.
“São um conjunto de projectos que precisam de renovação. Temos até meados de 2025 para entrar em contacto com os financiadores e começar novos projectos”, disse Herculano Dinis.
O presidente executivo da Associação Projecto Vitó revelou que para viabilizar a renovação a organização realizou uma visita à Suíça recentemente, com o objectivo de contatar financiadores internacionais e iniciar negociações para novos projectos.
"Este será um ano de renovação em termos de projectos, mas também um ano de transformação para o Projecto Vitó porque não queremos apenas desenvolver projectos de conservação, mas transformar o Projecto Vitó numa referência nacional", afirmou.
Em 2025, o Projecto Vitó tem como prioridade o desenvolvimento organizacional e além das acções de preservação ambiental, a organização vai fortalecer sua estrutura interna.
Actualmente, conta com um centro de interpretação e um centro de campo em Chã das Caldeiras (Ilha do Fogo), uma base no Ilhéu de Cima (Ilhéus Rombos) além de um centro logístico com veículos e barcos para a execução das suas actividades nas ilhas do Fogo e Brava e nos Ilhéus Rombos.
Uma das principais metas para o presente ano é a construção de sua própria sede, um projecto que já está em andamento com o apoio de uma parceria com uma empresa americana envolvida na construção da Embaixada dos EUA na Praia.
O terreno adquirido para a futura sede tem 4.000 metros quadrados, e a organização pretende que a sede não seja apenas um espaço para suas operações, mas também um local que beneficie a comunidade local e contribua para a gestão da Reserva da Biosfera e das áreas protegidas na Ilha do Fogo.
A intenção da associação é criar um centro que reúna todos esses componentes, promovendo um ambiente de colaboração com o governo e os municípios da região.
"Queremos garantir que a nossa sede seja um centro de referência, não apenas para o Projecto Vitó, mas para toda a Ilha do Fogo, servindo como um ponto de articulação para a gestão ambiental", destacou Herculano Dinis, para quem o ano de 2025 será crucial para consolidar sua posição no cenário nacional e internacional e fortalecer o trabalho na conservação ambiental e no desenvolvimento sustentável.
A Semana com Inforpress
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