domingo, 08 setembro 2024

Fogo: “Bicho de água” não é um problema para agricultura mas preocupante para as residências, técnico do INIDA

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A presença em grande quantidade de “Bicho d’água – orthomorpha coarctata” na localidade de Campanas de Baixo não constitui perigo para a agricultura, mas é “preocupante” para as residências, disse este sábado o técnico vegetal do INIDA, Gilbert Silva.

Na sequência do pedido da população de Campanas de Baixo, um técnico do Instituto Nacional de Investigação Agrária (INIDA) deslocou-se à ilha do Fogo para inteirar-se da situação.

Depois de visitar a comunidade de Campanas de Baixo e outras localidades húmidas da ilha, Gilbert Silva disse que se trata de um bicho pertencente à família das espécies de Mil-pés “spinotarsus/banderemica caboverdus” que existe em Cabo Verde, sublinhando que no país existem 15 espécies do grupo de Mil-pés e que a espécie “mais preocupante” é a que está em Santo Antão.

Gilbert Silva avançou que este bicho que na ilha do Fogo é chamado de “bicho d’água” e em Santiago de “cunhada” é um bicho que só aparece quando existem condições de humidade, observando que é a primeira vez que se regista em número exagerado.

A sua presença não resume a Campanas de Baixo porque foi encontrado também nalgumas zonas húmidas, nomeadamente Cutelo Alto, nos Mosteiros, mas não em quantidade exagerada como em Campanas de Baixo.

“É preocupante para as residências e para as pessoas que estão nas casas infestadas”, referiu Gilbert Silva, observando que é um bicho da família de Mil-pés, mas a sua particularidade é que está mais voltado para a decomposição de matéria orgânica, sendo assim importante para fertilização de solo e para agricultura não constitui um problema, mas até uma solução e mais-valia porque ajuda na fertilização.

“Entendemos a preocupação da população de Campanas de Baixo e das famílias onde está em número exagerado, mas vimos que há casas sem a presença do bicho e tudo depende das condições de humidade”, destacou o técnico do INIDA.

Para evitar a sua entrada nas habitações, o técnico recomenda a construção de barreiras que devem ser colocadas nas portas e nas janelas, mas também a sua eliminação, através da colocação dos mesmos na água.

Para as portas aconselha as famílias a usarem barreiras feitas de tecido e terra, aquilo que se chama de “chouriço” para colocar à frente das portas e para as janelas a utilização de tecidos ou plásticos à volta para evitar a sua entrada facilmente.

Este não aconselha a utilização dos produtos utilizados para o combate a outras pragas ou insectos, como pesticidas e insecticidas, explicando que há riscos na utilização dos produtos químicos e que a nível de agricultura não aconselha a utilização dos produtos que usam no combate a outras pragas, de modo a garantir a segurança das famílias.

“Se utilizam esses produtos que o façam com muito cuidado para não contaminar as pessoas, sobretudo as crianças”, disse, lembrando que o bicho desaparece no período seco e com o sol.

Em relação à água das cisternas infestadas pelo bicho, Gilbert Silva aconselha as pessoas a não utilizá-la para o consumo humano, porque ao entrar na água liberta uma substância para se defender, tornando a água desagradável para o consumo humano, mas ela pode ser utilizada para outros fins, como agricultura e mesmo para os animais.

Gilbert Silva deixou claro que o “Bicho d’água – orthomorpha coarctata” não ataca as culturas de batata, mandioca e outras, porque não é uma praga, rematando que a espécie que existe em Santo Antão e que ataca as culturas, não existe na ilha do Fogo e não há motivos para preocupação. A Semana com Inforpress

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Colunistas

Opiniões e Feedback

D. G. WOLF
4 days 7 hours

A Guiné-Bissau é uma espinha atravessada na garganta dos cabo-verdianos.

JP
8 days 9 hours

hehehe SATANÁS ta inspeciona DEMONIOS hehehe Só trossa propi

António
10 days 2 hours

Abro radio e tv oiço aplicacao de milhões e milhoes escudos , de um momento para outro. Cifrões serios e não serios

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