O que a maior parte das pessoas ignora é que a xixa é tão ou mais prejudicial do que o cigarro e é tão viciante como os estupefacientes.
Sábado à noite, uma esplanada sobranceira à praia. Em duas das mesas, o fumo adensa-se. Fuma-se, mas não se trata de cigarros: o fumo vem do narguilé que se está a tornar moda em Cabo Verde onde o convencional tabagismo entre jovens não é muito visível. Ao contrário do que se passa na Europa e Ásia, aqui os jovens não exibem cigarros…
Mas… o consumo de "shisha" (xixa), que é fumar tabaco com sabores e cheiros atrativos através de um cachimbo de água ( também designado narguilé, "shisha"), tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos, pelo mundo fora e Cabo Verde não é exceção.
O que a maior parte das pessoas contudo ignora é que a xixa é tão ou mais prejudicial do que o cigarro e é tão viciante como os estupefacientes.
Além disso, a atividade envolve outras ilegalidades, como a imprensa alemã tem vindo a revelar. É que o ’crime organizado’ transformou os "shisha-bares" em centros de negócios de onde os membros das "famílias" (mafiosas) dirigem outras atividades ilegais (ver ‘Relacionado’, infra).
Na União Europeia, a atividade ilegal é, segundo relatórios da justiça, conduzida por ’máfias’ de várias procedências, mas sobretudo da Rússia, Ucrânia, Itália, Líbano. Gera uma economia paralela de biliões de euros, por ano, nos 28 estados-membros da UE.
Relacionado: Alemanha: 1300 polícias em rusgas a lojas de ’shisha’, 14.1.2019. Foto (Wikipedia): Ancião do Rajasthan, Índia, fuma cachimbo de água, que tem várias designações segundo os países. LS
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